Já está em exibição o documentário ficcionado português “Fato Macaco” – um exclusivo Cinema Fernando Lopes.

Filmado no Bairro dos Pescadores, Bairro do Grito do Povo e no centro da cidade de Setúbal, “Fato Macaco” é focado na recolha de testemunhos reais de lutas e atos de resistência e manifestação por parte dos trabalhadores e trabalhadoras da região. Em paralelo a esta recolha de testemunhos, há a história de uma personagem ficcional, com uma cabeça de mascote, que habita no Bairro dos Pescadores e reflete algumas das problemáticas associadas às condições de trabalho transversais a setores e gerações.

“Fato Macaco” é uma co-criação de Rui Paixão/Holy Clowns e Dona Edite inserida no projeto “Rota Clandestina” com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal. A Distribuição nacional é assegurada pela Cinetoscópio.

NOTAS DE PRODUÇÃO SOBRE FATO MACACO

Motivação: Compreender quem são as pessoas destes bairros e aspetos marcantes das suas vidas, com a ajuda de uma personagem ficcional [interpretada por Rui Paixão], que faz a ligação das diferentes histórias dos moradores, desde o trabalho na antiga indústria conserveira, aos movimentos anarco sindicalistas e atos de resistência que marcaram as suas vidas e a comunidade.
Relembra figuras marcantes da cidade de Setúbal como Mariana Torres, António Mendes e Jaime Rebelo, todos eles vítimas da repressão e da ausência de condições de trabalho na época pré 25 de abril.

Personagem: Esta personagem representa a luta quotidiana atual de um setor que sobrevive de forma precária – as artes de rua – apelando à memória coletiva de vários trabalhadores da região de Setúbal e moradores do Bairro dos Pescadores e Grito do Povo.
Tem a identidade oculta através de uma cabeça de mascote, não fala porque a sua missão é ouvir, não descansa porque a sua missão é trabalhar.
Habita uma barraca com vista privilegiada sobre a cidade e coleciona todo o tipo de objetos que encontra na rua ou no lixo. Dorme em pé, mas certa noite decide deitar-se.

Décor: Inspirada nas habitações que existiam no Bairro dos Pescadores antes da sua reabilitação, esta barraca será construída com materiais que remetem à indústria conserveira e metalúrgica, decorada com objetos que encontra no lixo e outros que lhe são oferecidos pelas pessoas com quem se cruza.
Em complemento a este conceito, convidámos os utentes da APPACDM a pintar as paredes do cenário, na tentativa de retratar a nossa personagem.

Horários das sessões
qui 18 mai | 19h30
sex 19 mai | 21h30
sáb 20 mai | 17h15; 20h30
dom 21 mai | 16h15; 19h45
seg 22 mai | 21h30
ter 23 mai | 21h30 – sessão especial
qua 24 mai | 21h30